domingo, 17 de janeiro de 2010

Horowitz em Moscovo


Tem notas erradas?
- Tem.

Tecnicamente pode ser discutível?
- Sim.

É ritmicamente pouco rigoroso?
- É.

Por vezes não é fiel à partitura?
- Não.

Com esta idade, Horowitz já não era um pianista no seu auge?
- Não era, não.

Então porque gosto?
- É inexplicável. Horowitz força-me a prestar atenção. Fico obrigatoriamente emocionado com esta interpretação. A facilidade (a atitude dele no final é enternecedora). A musicalidade. Tudo.




É certo que a carga emotiva que envolveu este concerto (Moscovo, 1986) ajuda, mas há mais do que isso.

O exemplo perfeito da emoção que "pairava no ar" neste concerto é a interpretação de Träumerei de Schumann, que deixo aqui também pedindo perdão por ser repetitivo nos vários blogues onde "divulguei" estas interpretações. Atenção ao minuto 1:28 para os mais sensíveis...


1 comentário:

  1. É de facto muito bom! Que grande concerto esse em Moscovo! Consegue transmitir sempre uma sensação... algo de diferente... literalmente um Träumerei

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