quinta-feira, 26 de maio de 2011

Otomata

Otomata é um programa gerador de música muito simples em formato Flash criado por Batuhan Bozkurt.

Dá para brincar bastante e conseguem-se gerar alguns padrões musicais bem interessantes.

A escala escolhida propiciona boas escolhas e o resultado pode ser engraçado.

É possível também gravar o link com a disposição das "peças" de forma a ouvirem de novo se assim o desejarem.

AQUI

domingo, 22 de maio de 2011

Fazil Say toca na torre Emporio (Hamburgo)

No dia 20 de Abril do ano passado, o pianista turco Fazil Say interpretou a sua peça "Black Earth" no 24º andar da torre Emporio de 98 metros em Hamburgo, Alemanha.



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sábado, 21 de maio de 2011

Isto faz lembrar alguma coisa? (3) - Resposta

Pois. Como disse a Rita no Facebook, a resposta é mesmo: Sonata em Lá menor, KV.310 de Mozart.

Esta Sonata foi composta em Paris no ano de 1778, pouco tempo depois da morte da mãe de Mozart que aconteceu precisamente nessa cidade francesa.

É uma das duas únicas Sonatas de Mozart em tonalidade menor e há quem diga que é uma Sonata auto-biográfica.

Nela apresenta repetidamente contrastes entre forte e piano (no Desenvolvimento do 1º andamento, por exemplo) como raramente Mozart o voltaria a fazer.

Mozart - Sonata K.310 - II. Andante cantabile con espressione (cps.43 a 53)
Maria João Pires, piano


Deixo-vos o 2º andamento completo, na interpretação de Christoph Eschenbach (ainda pensei em pôr a do Lipatti, mas ele toca este andamento um pouco rápido demais para o meu gosto):

 Mozart - Sonata K.310 - II. Andante cantabile con espressione
Christoph Eschenbach, piano

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Isto faz lembrar alguma coisa? (3)

É um extracto do 2º andamento (Andante staccato) do Concerto para piano K.39 em Sib Maior de W.A. Mozart.

Aliás, este andamento foi completamente baseado no 1º andamento (Andante poco allegro) da Sonata Op.17 no.2 de Johann Schobert.

Mas não é esta a obra que me faz lembrar. É outra. Qual?

Mozart - Concerto para piano em SibM, K.39 - II. Andante staccato (compassos 62 a 67)
Alfred Brendel, (forte)piano | Academy of St.Martin in the fields | Neville Marriner, maestro

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Isto faz lembrar alguma coisa? (2)

Ora vejam lá se isto faz lembrar alguma coisa:

É a cena da morte do Comendador do I Acto da ópera D. Giovanni de Mozart.

(partitura com vozes e acompanhamento de piano)


Daqui a uns tempos dou a (minha) resposta.

Erik Satie - Vexations

Vexations, Obra composta em 1893 por Erik Satie, só foi publicada muito mais tarde, em 1949.

Esta peça, supostamente para piano, apresenta a inscrição: "Pour se jouer 840 fois de suite ce motif, il sera bon de se préparer au préalable, et dans le plus grand silence, par des immobilités sérieuses", o que levou muita gente a pensar que se deveria repetir 840 vezes (o que pode não ter sido a verdadeira intenção de Satie).

Esta obra é baseada em material muito simples: um tema no baixo, sem indicação de compasso ou barras de compasso que engloba 13 tempos e todas as notas da escala cromática, excepto uma: Láb/Sol#.
O tema torna-se, então a base para duas harmonizações, idênticas, mas invertidas que utilizam apenas acordes diminutos e aumentados (todos os acordes excepto um incluem um trítono).

Hoje em dia, tendo em conta a interpretação da inscrição inicial, esta obra consiste em 52 tempos repetidos 840 vezes o que perfaz uma duração aproximada de 18 horas e 40 minutos, que foi a duração da primeira apresentação da obra. Esta primeira apresentação foi patrocinada por John Cage e tocada a 9 de Setembro de 1963, "à vez" por vários pianistas: John Cage, David Tudor, Christian Wolff, Philip Corner, Viola Farber, Robert Wood, MacRae Cook, John Cale, David Del Tredici, James Tenney, Howard Klein e Joshua Rifkin com mais dois suplentes.

Cage inventou um sistema nesse concerto para garantir que "quanto mais arte o público consumisse, mais barato ficaria", que consistia na devolução de dinheiro (5 cêntimos, dos 5 dólares que pagaram) por cada 20 minutos que a pessoa tivesse assistido. Apenas uma pessoa (Karl Schenzer, actor) assistiu às 18 horas do concerto (recebeu, assim, 3 dólares).

Neste vídeo, podemos assistir a uma espécie de "concurso" onde estão presentes John Cale (um dos pianistas) e Karl Schenzer (o espectador resistente) que explicam mais pormenores sobre o concerto. No final, podemos ouvir a execução da obra (apenas uma vez).



LINKS:
Partitura

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Paganini - Capricho No.24

Com base neste Capricho de Paganini já se fizeram imensas versões, compostas por pessoas de todas as áreas da música (até o Andrew Lloyd Webber fez as suas "variações").

Esta, para mim, é uma das mais geniais. Cada vez gosto mais de Lutoslawski.

Lutoslawski - Variações sobre um tema de Paganini (1941)
Nelson Freire e Martha Argerich, pianos

Isto faz lembrar alguma coisa?

Beethoven - Contradança para orquestra WoO 14, Nº7


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sem pedal?

Tocar música de J.S. Bach no piano moderno sem usar o pedal direito é considerado por muitos uma marca de individualidade.
Glenn Gould fazia-o quase sempre. Muitos o tentam fazer também. Ao que parece, tocar dessa forma é mais difícil, mais "puro", mais "autêntico", pois o cravo não tinha um mecanismo de pedal (talvez devamos remover o pedal aquando da execução de música antiga ao piano...?)

O pedal direito é parte integrante do funcionamento do instrumento.
O seu uso permite a produção de harmónicos graças à liberdade que dá às cordas para vibrarem simpaticamente. Sem o seu uso o piano pode soar muito "seco" e sem "cor". O próprio Cravo é um instrumento com um som rico em harmónico e se queremos ficar próximos dessa sonoridade num piano moderno, teremos que usar algum pedal em sítios particulares como em acordes ou em passagens onde o seu uso não interfere com a clareza das vozes e articulação.