domingo, 25 de julho de 2010
XVII Concurso Internacional de Música Vianna da Motta - 5
Hoje iniciaram-se as Semi-Finais. Os primeiros a participar foram:
- Takafumi Mori
- Euchan Kim
- Ilya Rashkovskiy
- Carles Marin
- Riyad Nicholas
- Varvara Nepomnyashchaya
- Manuel Araújo
- Yu Mi Lee
Belíssimas provas dos russos Ilya Rashkovskiy e Varvara Nepomnyashchaya. Continuam a ser os meus preferidos de todos os que ouvi. Principalmente a Varvara que hoje tocou uma belíssima Sonata Op.111 de Beethoven.
Os Semi-Finalistas inexplicáveis Manuel Araújo e Carles Marin (quanto a mim só explicável porque tiveram que passar 15 concorrentes) tiveram prestações muito boas, nada parecidas com as da Primeira Eliminatória. Mostraram que afinal valeu a pena terem passado.
Ouvi também um interessante Riyad Nicholas, bem como uma Yu Mi Lee com alguma qualidade.
Takafumi Mori é para esquecer (digo eu...) e Euchan Kim mostrou pouca qualidade.
Veremos o lote de amanhã (só poderei ir à tarde...).
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em que dia começam as finais?
ResponderEliminarnao encontro informação de horários na net...
Dia 28 são os recitais a solo.
ResponderEliminarDia 30 são os concertos com a orquestra.
Tudo às 19 horas na Gulbenkian
Ahh ok. obrigado!
ResponderEliminarbem procurei no site da competição, no site do são luiz, ainda procurei no do CCB porque foi lá em 2007, mas bem que não vi nada.
vou tentar lá aparecer amanhã!
Manuel Araujo e Carlos Marin passaram porque sao ambos alunos do membro do juri Aquiles Delle Vigne. E sem duvida um bom professor, mas arranja sempre caminhos esquesitos para conseguir fazer os seus alunos passarem as primeiras rondas dos concursos. Takafumi Mori e tambem seu aluno.
ResponderEliminarPois é caro Ricardo. Eu soube esses pormenores também na altura do concurso. Fiquei pasmado (ou talvez não...).
ResponderEliminarA questão é que (para mim) eram os 3 participantes mais fracos da 1ª ronda. Coincidências?
Depois da 2ª ronda já mudei ligeiramente de opinião, mas não deixaram de ser muito fracos.
@Gonçalo: lá nos encontraremos, provavelmente.
ResponderEliminarCaro Pianoman, este concurso no entanto não é nenhuma excepção, muito pelo contrário. Em todos os concursos se passam coisas destas. Os membros do juri são em 90% dos casos professores de piano que evidentemente trazem os seus alunos para os concursos. Há algumas excepções como o concurso de piano do porto, por exemplo, onde membros do juri não podem trazer os seus alunos para o concurso. A única maneira de resolver este problema é convidar pianistas (não professores) conceituados para fazer parte do júri o que obviamente sairia 10 vezes mais caro...
ResponderEliminar@Ricardo: Infelizmente eu tenho essa experiência de outros concursos para alunos. É assim mesmo como diz. Em (quase) todo o lado.
ResponderEliminarParece é que nuns lados é mais escandaloso do que noutros.
A presenza de alunos e profesores em concursos (de calquera nivel) é uma cuestion de principios básicos, dos uns e dos outros... non é admisibel que alunos aproveiten a presenza de profesores en concursos, nin que profesores "aporten" alunos aos concursos... nin que alunos soamente aparezan em concursos onde ha algun "contacto... todas estas "coincidencias" non fan outra cousa que devaluar os resultados dos uns e dos outros. Mágoa!
ResponderEliminarsem dúvida, João. Concordo plenamente. É, antes de tudo, uma questão de ética.
ResponderEliminarCaro Pianoman,
ResponderEliminartambém é uma questão de ética fundamentar com argumentos ou provas as suspeitas levantadas em relação a um qualquer favorecimento. Sem esses argumentos ou provas ficamos no campo da pura especulação arbitrária com a única intenção, podemos inferir, de denegrir a carreira de alguém.
Repara que é perfeitamente legítimo dizeres "gosto não gosto de determinado pianista", que foi o que te limitaste a fazer no teu comentário. Perante tal comentário meramente opinativo podes ser acusado, no mínimo, de preguiça mental mas não passa daí. Já quando levantas suspeitas de favorecimentos é um pouco diferente. Aí, e se tu próprio exiges ética, pode e deve ser-te exigido que proves ou fundamentes essas mesmas suspeitas caso contrário o que fazes, uma vez que é o brio e a honra de pessoas que estão em jogo, não passa da mais vil canalhice.
Ass: Tomás Magalhães Carneiro
Caro Ricardo,
ResponderEliminarEscreves:
"Manuel Araujo e Carlos Marin passaram porque sao ambos alunos do membro do juri Aquiles Delle Vigne. E sem duvida um bom professor, mas arranja sempre caminhos esquesitos para conseguir fazer os seus alunos passarem as primeiras rondas dos concursos. Takafumi Mori e tambem seu aluno."
Sublinho o que escreves:
"É sem duvida um bom professor"
Não te parece que o teu comentário é um pouco contraditório?
Pensa comigo, se o Aquiles Delle Vigne é um bom professor não será natural que tenha bons alunos? Não é exactamente por ter bons alunos que se afere a qualidade de um professor? Ou então como é que alguém é classificado de "bom professor?"
E, já agora, não será também natural que "bons" alunos" no mínimo passem primeiras fases de concursos. Caso contrário como é que poderiam ser classificados de "bons alunos"? E repara que são estes "bons alunos" que por sua vez permitem que classifiquemos alguém de "bom professor".
Concluindo, para poderes dizer que Aquiles Delle Vigne é um bom professor tens de dizer que os seus alunos são "bons alunos". Ou então apresentar alguma justificação que nos prove que "estes alunos - Manuel Araujo e Carlos Marin" são uma excepção à regra, uma nódoa na carreira do "bom professor" Aquiles Delle Vigne.
Mas aí fica por explicar por que é que um "bom professor" traz os seus piores alunos para um concurso.
Como o Pianoman também não apresentaste qualquer argumento para essa tua suspeita de favorecimento. Apenas fizeste o mais fácil, lançando uma suspeita para o ar a ver se cola. Uma espécie de desporto nacional muito cobardezinho e, mais uma vez, canalha.
Ass: Tomás Magalhães Carneiro
@Tomás:
ResponderEliminarAntes de mais agradeço-lhe a participação activa e principalmente o facto de ter assinado os seus comentários.
Quando ao teor da discussão, se reparar bem eu nunca disse que eles passaram por serem alunos de quem eram, apenas disse que achei estranho, uma vez que, para mim, eram os 3 alunos mais fracos. Eu vi quase todas as provas eliminatórias e, por isso, sinto-me com legitimidade para fazer um juízo de valor sobre quem merece passar ou não à fase seguinte. Isto sempre de acordo com a minha opinião, claro.
A suspeita que se levantou vem apenas da estranheza que senti por os 3 concorrentes mais fracos serem alunos de um elemento do Júri. Esta é uma situação que quanto a mim não deveria ser permitida logo à partida. É IMPOSSÍVEL um professor avaliar um aluno seu em comparação com outros de uma forma equidistante, mesmo que não tenha nenhuma má-vontade ou intenções mais "escuras".
Eu já o tentei e acho verdadeiramente impossível ser completamente isento nestas circunstâncias.
Por isso, o que eu critico verdadeiramente é o facto de um professor levar alunos a um concurso no qual será Júri. No mínimo dos mínimos (e mesmo assim não seria completamente justo) ele deveria ter-se escusado a votar nos seus alunos.
Já agora pergunto: o Tomás assistiu a alguma eliminatória? não me lembro de o ter visto por lá no meio das 10 pessoas que lá estavam...
Pianoman,
ResponderEliminarQuando escreves:
"Eu vi quase todas as provas eliminatórias e, por isso, sinto-me com legitimidade para fazer um juízo de valor sobre quem merece passar ou não à fase seguinte. Isto sempre de acordo com a minha opinião, claro."
Na verdade tu não emitiste nenhum juízo (nem de valor nem de outra coisa qualquer). Apenas emitiste uma opinião. A diferença entre um juízo e uma opinião é que o primeiro é fundamentado, ou seja apresentas as tuas razões para defender a tua opinião, neste caso que X, Y ou Z são concorrentes fracos. Repara que não digo que tens de o fazer, sobretudo quando se trata de um (pretenso) juízo estético (aqui o "gosto/não gosto" tem quase força de argumento).´Apenas critico quando partes desse (pretenso) juízo estético para um (pretenso) juízo ético (a linhas tantas escreves "É, antes e tudo, uma questão de ética"). ´
É quando mostras a tua "estranheza" que as suspeitas que levantas se tornam infundadas, exactamente porque não as fundamentaste, apenas as levantaste. Se as tivesses fundamentado apenas restaria aos que te lêem concordar ou discordar. Mas o teu comentário nem nos permite isso. E dizer, como o fazes agora, que tens legitimidade para o fazer porque viste as eliminatórias todas é uma espécie de "argumento de autoridade" (uma falácia, portanto) que não colhe. É preciso algo mais para fundamentar o que dizes. Percebes facilmente esta falácia se imaginares um inculto musical, como eu, que teria assistido ao teu lado a todas as eliminatórias. Eu poderia ter uma opinião diametralmente oposta à tua e sentir-me com inteira legitimidade para dizer que fulanos X, Y e Z (que tu não gostas) são os melhores pianistas do mundo, sendo que essa legitimidade viria do facto de ter assistido a todas as eliminatórias.
Não faz muito sentido, pois não? Por algum motivo aceitamos que algumas pessoas sabem de música mais que outras. E, em princípio, essas pessoas sabem fundamentar as suas opiniões enquanto as outras (os incultos musicais) não.
Resumindo, e voltando ao ponto central da minha crítica ao teu comentário, é esse tipo de suspeições levantadas sem fundamento que não são eticamente correctas.
Eu não assisti a nenhuma eliminatória (e mesmo que tivesse assistido provavelmente não saberia diferenciar a qualidade do 1º classificado e do último). Mas não me parece que isso seja de todo relevante para a crítica que fiz ao teu comentário e ao do Ricardo.
cumprimentos,
Tomás Magalhães Carneiro
Caro Tomás,
ResponderEliminarSe bem entendo eu poderia estar a falar de qualquer assunto, pois o que está errado é eu ter levantado uma suspeita sobre o comportamento de alguém.
Bom...isso parece-me estranho, pois então o Tomás deve estar estafado de tanto comentar blogues.
Mas acho bem que o faça. Pelo menos neste, acho bem que o faça.
Eu volto a dizer que, de acordo com a minha opinião (que considero válida uma vez que penso ter capacidades para avaliar pianistas participantes em concursos de piano), os 3 concorrentes que falei eram dos mais fracos do concurso. Dito isto, levantei a hipótese (e não a certeza) de isso estar relacionado com o facto de precisamente esses 3 pianistas serem alunos de um elemento do Júri. Depois ainda disse que, quanto a mim, tem a ver com a ética o facto de um professor levar alunos seus a um concurso onde vai ser Júri. Mais nada.
Não é possível fundamentar esta questão, obviamente, uma vez que não estive presente, nem assisti às discussões entre os elementos do Júri. No entanto não vejo que seja incorrecto levantar a possibilidade que referi, pois, infelizmente de acordo com a experiência que tenho de Júris de concursos não seria nada estranho que o "pior" tenha acontecido.
No entanto, pode comunicar ao seu amigo Manuel Araújo que apesar da 1ª eliminatória ter sido fraquíssima (e posso explicar porquê), a 2ª já foi a um nível melhor, apesar de ter coisas que objectivamente não são para ser tocadas daquela maneira.
Caro Pianoman,
ResponderEliminarnão estou estafado de comentar em blogues pois não costumo ler blogues. Apenas vim ter a este através de uma pesquisa no Google que me interessava. Mas como estive presente há uns anos atrás no início desta febre dos blogues, sei que o que normalmente se passa na "blogosfera" é um espelho do pior que se passa no mundo real. A coberto do anonimato a mais das vezes impera a "ditadura da opinião", o comentariozinho jocozo, a opiniãozinha sarcástica (o sarcasmo é uma excelente forma de os medíocres se sentirem grandes), o bota-abaixo pelo simples bota-abaixo ou o bota-abaixo que segue uma agenda bem definida.
Não sei em qual destas categorias se encaixa este blogue pois, como disse, só li o comentário (este) que a minha pesquisa me deu, mas é uma pena que se é verdadade que tens capacidades para avaliar devidamente participantes em concursos (e não tenho qualquer razão para duvidar disso) não o demonstres aqui neste espaço enriquecendo os teus posts com algo mais que meras opiniões e suspeições infundadas.
(que é como classifico a única amostra que tenho deste blogue - admito que pode não ser uma amostra demonstrativa e posso estar a ser injusto)
Eu sei que a maledicência é um desporto nacional, mas sei também que a maledicência é diferente da crítica pois esta exige um esforço de argumentação e justificação que o simples dizer mal por dizer não requer. É uma pena que esse desporto não se fique pelas mesas dos cafés e contamine a "blogosfera". Mas é por isso mesmo que evito a conversa de café e não frequento muitos blogues.
No entanto vou acompanhar por uns tempos o teu blogue pois interessa-me instruir um pouco sobre música e vou ver se apanho aqui alguma coisa que me ajude.
Quanto ao que me pediste para comunicar ao “meu amigo Manuel Araújo”, não sei onde é que nos meus comentário leste (implícita ou explicitamente) que o Manuel Araújo é meu amigo, além de que, mais uma vez isso, não tem qualquer relevância para as críticas que aqui teci.
Apesar de ter criticado algumas posições aqui no blogue isso não quer dizer que não tenha consideração e respeito pelas pessoas que escreveram os comentários que critiquei (eu sei que esta atitude de "fair-play" e cavalheirismo é estranha na “blogosfera” e talvez por isso é que não a frequento muito), mas como tenho essa consideração e respeito gostaria de a ter de volta das pessoas que critico, e essa reciprocidade podia começar por respeitares a autonomia e sinceridade das críticas que aqui fiz e por me considerares algo mais que um mero “moço de recados” de fulano X, Y ou Z.
Os meus cumprimentos,
Tomás
Vou apenas salientar que a atitude de cavalheirismo existiu desde o princípio da minha parte, quer com os agradecimentos que fiz, quer com tudo o que escrevi (até ao último comentário) onde não o insultei ou nem sequer dei a entender algum insulto mais escondido. Já o mesmo não posso dizer da sua parte, desde o primeiro comentário, com expressões como "não passa da mais vil canalhice", só para citar de entre as que me foram dirigidas directamente a mim.
ResponderEliminarMeu caro Tomás,
ResponderEliminarsó agora voltei por acaso a este blogue e acabo de ler os seus "ataques" a mim e ao Pianoman. Não li os seus comentários todos, confesso, e por isso não sei se já referiu isto em algum lado, mas depreendo que o Tomás não tem nenhuma formação musical,é verdade? Explico porquê: músicos e artistas em gerais, não são robots nem são desportistas. Qualquer músico, por muito bom que seja, pode ter um dia mau. E como a música é uma arte muito sensível onde o limiar do "muito bom" e do "mau" é muito próximo, um bom pianista pode num dia soar como um muito mau pianista. O que o nosso amigo Pianoman referiu foi isso mesmo: Manuel Araújo e Carlos Marin tiveram prestações más, mas não são necessáriamente maus pianistas. Compreende-me?
Quanto ao Aquiles Delle Vigne ser bom professor,não há nenhuma contradição nos meus argumentos: não é um professor que "envia" os seus alunos aos concursos, mas são sim os alunos (que têm cabecinha para pensarem por eles mesmos) que decidem ir aos concursos. Além disso, conheço bem o professor Aquiles, ele tem mais de 40 alunos, é por isso impossível que todos eles sejam bons ou muito bons.
Pianoman,
ResponderEliminartemos conceitos diferentes de "cavalheirismo".
Agradecimentos e cumprimentos de ocasião são meras regras de etiqueta e cortesia. O "cavalheirismo" dispensa perfeitamente estes formalismos mais adequados ao salão que à ágora. i.e., mais próprios da "conversa social" que do debate de ideias. O "cavalheirismo" move-se neste último. Preferia que tivesses sido implacável comigo intelectualmente (mostrando-me as tuas razões) que bem-educado e simpático socialmente. Até porque esta boa educação esconde muitas vezes por trás uma certa dose de veneno, como alguns teus comentários laterais demonstraram. Por exemplo, quando dizes "pode comunicar ao seu amigo..." estás implicitamente a afirmar que os meus comentários têm uma agenda escondida, uma razão de ser para além da crítica explícita que fiz ao teu comentário. Esses truques retóricos que utilizas, mais uma vez, são mais próprios dos salões e dos bastidores que da assembleia de ideias e, já agora, do palco - já que estamos a falar de um concurso de música.
Quanto aos meus supostos insultos, levantar suspeitas sem as fundamentar (e sublinho que depois destes comentários todos ainda não o fizeste) é, objectivamente, uma vil canalhice. E, uma vez que esta é uma crítica que te faço de forma frontal e fundamentada (julgo que qualquer pessoa racional e civilizada concorda comigo neste ponto) não é de forma alguma um insulto. Insultar alguém é injuriar essa pessoa de forma gratuita e injusta e isso eu não fiz pois não critiquei nenhuma pessoa, não te critiquei a ti, mas uma tua acção, nomeadamente o facto de levantares suspeitas sem as fundamentar.
Ou seja "canalha" é algo que o Pianoman fez ou escreveu. Não tenho qualquer motivo para considerar que tu sejas um "canalha".Há quem chame a isto uma espécie de "Princípio da Caridade" em relação ao autor de uma ideia, para mim é além de tudo uma questão de "cavalheirismo". (há muitos mal entendidos e pressupostos desconhecidos em qualquer relação entre 2 pessoas que podem levar-nos a conclusões e juízos de carácter precipitados)
Já agora, sentir-te-ias tão à vontade de levantar essas supeitas a descoberto? Isto é assinando por baixo essas tuas opiniões?
Depois disto tudo continuo sem saber quem és apesar de tu saberes muito bem (o melhor possível nestas circunstâncias) quem eu sou.
cumprimentos,
Tomás Magalhães Carneiro
Só para terminar, o "fundamento" que o Tomás exige para a nossa suspeita aqui levantada, já foi várias vezes repetido: Manuel Araújo e Carlos Marin foram os piores candidatos da primeira ronda e mesmo assim foram admitidos para a segunda ronda (deixando automaticamente de fora candidatos que tiveram uma melhor prestação). Ou será que o Tomás pretende saber PORQUÊ que o Pianoman classificou os dois candidatos referidos como os piores da primeira ronda? Nesse caso entraremos no domínio específico da música e pelo que acabei de ler (agora sim já li os seus comentários todos) você provavelmente não iria perceber as explicações.
ResponderEliminarDe qualquer maneira, a arte é SUBJECTIVA. Nenhuma opinião em relação a ela pode ser fundamentada com argumentos irrefutáveis. O facto de Lilian Akopova ter ganho o concurso, não significa que ela é melhor pianista que os outros todos, o que significa é o seguinte: na opinião DAQUELE Júri, a pianista Lilian Akopova foi durante AS PROVAS DO CONCURSO quem melhor impressão causou.
Ricardo,
ResponderEliminarparece que a contradição é o teu forte. Se não repara:
Primeiro escreves "Os membros do juri são em 90% dos casos professores de piano que evidentemente trazem os seus alunos para os concursos."
E depois escreves, "não é um professor que "envia" os seus alunos aos concursos, mas são sim os alunos (que têm cabecinha para pensarem por eles mesmos) que decidem ir aos concursos."
Afinal em que ficamos? São os professores/júris que trazem os seus alunos a concurso ou são os alunos que vão por si mesmos aos concursos em que os seus professores são júris?
Estás a ver o que se esconde por trás destas contradições no que dizes? Uma certa ambiguidade que permite que a suspeita se instale. É exactamente isto o que chamo de "vil canalhice". A não ser que essa ambiguidade não seja intencional mas antes se deva a uma falta de clareza da tua parte devida à pressa para escrever um comentário, ou outro motivo qualquer. Se for esta a razão tens aqui uma oportunidade para clarificares a tua posição:
Que razões tens para dizer que
"Manuel Araujo e Carlos Marin passaram porque sao ambos alunos do membro do juri Aquiles Delle Vigne."
Quanto ao resto do teu último comentário não tem qualquer pertinência para as críticas que vos fiz(leia-se críticas e não ataques - criticam-se ideias, atacam-se pessoas e não ataquei ninguém).
cumprimentos,
Tomás Magalhães Carneiro
ps - mais uma vez, estarias à vontade para escrever aquilo que escreveste assinando o teu nome completo, basicamente mostrando a pessoa por detrás dessa ideia?
Não sei se essa é pratica corrente para as pessoas com formação musical (que não a tenho) mas é pratica corrente para as pessoas com formação intelectual (desafio-te a mostrares que a tens).
cumprimentos,
Tomás Magalhães Carneiro
Caro Tomás,
ResponderEliminargosto muito de conversas deste género, mas peço-lhe que não se esconda atrás da sua retórica linguística. Eu fiquei com a impressão que toda a gente aqui entendeu o que eu queria dizer com "os professores trazem os seus alunos" aos concursos, mas parece que não foi o seu caso, vou então ser mais claro: é EVIDENTE que nenhum professor obriga os seus alunos a irem aos concursos, ou seja são sempre os alunos a decidirem se querem ir ou não. O que os professores fazem é avisar os alunos que estarão no Júri do concurso X e isso é sem dúvida uma vontagem para os alunos pois têm alguém no Júri que conhece o seu valor. Mas a decisão final é SEMPRE dos alunos, fui claro?
Quantas vezes mais é que vou ter que lhe explicar porque é que levantei estas suspeição? Volto a repetir: Manuel Araújo e Carlos Marin foram os piores candidatos na primeira ronda e mesmo assim foram admitidos para a segunda ronda. Sei que isto é prática corrente com alunos do Professor Aquiles Delle Vigne. O que é que o meu amigo ainda não entendeu?
Será que o entendi bem? A minha opinião só é válida se eu tiver formação intelectual? Espero bem que o tenha percebido mal, pois isso seria deveras arrogante...
Não posso no entanto deixar de salientar que esta minha explicação nasce de uma nítida falta de vontade da sua parte...É bastante óbvio que são sempre os alunos a decidirem se vão a concursos ou não. A relação professor/aluno não é obviamente uma relação do tipo chefe/empregado onde um manda e o outro obedece. Mas bom, tenho todo o gosto em explicar os meus pontos de vista...
ResponderEliminarRicardo,
ResponderEliminarno teu comentário das 13h00 tocaste no ponto certo:
"Tomás pretende saber PORQUÊ que o Pianoman classificou os dois candidatos referidos como os piores da primeira ronda? Nesse caso entraremos no domínio específico da música e pelo que acabei de ler (agora sim já li os seus comentários todos) você provavelmente não iria perceber as explicações."
Acho essencial (leia-se, éticamente correcto) que tanto tu como o Ricardo apresentem as razões
que fundamentem as suspeitas de favorecimento levantadas. Mesmo que eu não entenda essas explicações isso não é motivo para não as publicar. Este parece-me ser um blogue de música, como tal não me parece estranho exigir que "entrem no domínio espeífico da música".
Quanto ao teu outro comentário de que a arte é subjectiva, se isso for verdade para o caso de avaliações em concursos, como é que podes criticar/avaliar a classificação dada pelos membros do Júri? Podemos sempre dizer que como é subjectiva não há crítica possível. Mais uma vez isto contradiz aquilo que defendes, que alguns concorrentes passaram injustamente. Parece-me que acreditas em critérios objectivos de avaliação de prestações musicais. Logo não é legítimo perguntar-te quais esses critérios e de que forma alguns participantes não o cumpriram?
Quanto à questão da formação intelectual referia-me ao facto de não assinarem os vossos posts.
Com tantos blogues pessoais sobre filosofia e afins, logo teria que aparecer aqui para ter discussões filosóficas (vulgo conversas da treta).
ResponderEliminarFalo por mim, devo ser muito estúpido, mas já não percebo o que se está aqui a discutir...
Caro Tomás,
ResponderEliminarcontinuarei a responder-te com todo o prazer. Quanto ao facto de não ter exposto aqui as razões pelas quais achei Manuel Araújo e Carlos Marin os piores da primeira ronda, pura e simplesmente não achei necessário visto que todos estavam de acordo. O único que não está de acordo é pelos vistos você que curiosamente é o único aqui sem formação musical. Como tal, continuo a não achar necessário explicar-lhe algo que você não entenderá. Não sei qual é a sua área profissional, mas se for algo sobre o qual eu não tenho qualquer formação é evidente que nunca exigirei uma explicação sobre algo que nada entendo.
Não quero fugir muito ao tema, mas meu caro Tomás, não consegui deixar de reparar em algumas contradições em relação ao que diz (já que gosta tanto de reparar nas contradições dos outros):
A maioria das pessoas avalia o carácter das outras pessoas através do que dizem e do que fazem, certo? Penso que aqui todos estão de acordo. Assim sendo, se você acha que o que eu e o Pianoman dissemos foi acto de "vil canalhice" então automáticamente está a chamar-nos de canalhas. Um mentiroso é aquele que mente, um ladrão é aquele que rouba, um canalha é aquele que faz "canalhices". Não é possível acusar alguém de ter praticado um acto de canalha e não lhe chamar ao mesmo tempo canalha. Trata-se da lógica linguística que o meu amigo tanto gosta.
O Tomás diz que não gosta de ler nem escrever em Blogues porque acha que na maioria dos casos não passam de um "desporto nacional" onde se enxovalham pessoas sem fundamento, correcto? Depois escreve que pela amostra que teve deste blogue, ele não foge á regra. Então porque é que se deu ao trabalho de escrever NESTE blogue visto que ele, na sua opinião, apenas pratica o tal "desporto nacional"? A minha única explicação é que você conhece pessoalmente Manuel Araújo ou Carlos Marin e ficou magoado por aqui termos criticado a sua prestação. Trata-se de um sentimento muito louvável, mas que inevitávelmente torna a sua opinião demasiado parcial.
Ricardo,
ResponderEliminardizer que uma pessoa cometeu um acto "canalha" não é o mesmo que dizer que essa pessoa é um canalha. Dizer isto, ao contrário do que dizes, exige um conhecimento mais aprofundado da pessoa, do seu caracter e formas de actuar. E como não tenho esses conhecimentos acerca de vocês abstenho-me do os classificar. Não se trata de "lógica linguístca" como lhe chamas, mas de puro bom senso.
O facto de não quereres explicar a tua posição só demonstra uma sobranceria que eu não demonstraria num iniciado na minha área profissional, mas enfim, tu lá sabes.
Fiquem bem,
cumprimentos,
Tomás