quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sem pedal?

Tocar música de J.S. Bach no piano moderno sem usar o pedal direito é considerado por muitos uma marca de individualidade.
Glenn Gould fazia-o quase sempre. Muitos o tentam fazer também. Ao que parece, tocar dessa forma é mais difícil, mais "puro", mais "autêntico", pois o cravo não tinha um mecanismo de pedal (talvez devamos remover o pedal aquando da execução de música antiga ao piano...?)

O pedal direito é parte integrante do funcionamento do instrumento.
O seu uso permite a produção de harmónicos graças à liberdade que dá às cordas para vibrarem simpaticamente. Sem o seu uso o piano pode soar muito "seco" e sem "cor". O próprio Cravo é um instrumento com um som rico em harmónico e se queremos ficar próximos dessa sonoridade num piano moderno, teremos que usar algum pedal em sítios particulares como em acordes ou em passagens onde o seu uso não interfere com a clareza das vozes e articulação.

4 comentários:

  1. acho que se quisermos ser tão puros nem sequer tocaríamos Bach em piano, se bem que certas coisas não são lá muito bonitas de se ouvir "empasteladas" com muito pedal

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  2. exacto, por isso é que "teremos que usar algum pedal em sítios particulares como em acordes ou em passagens onde o seu uso não interfere com a clareza das vozes e articulação."

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  3. sim, claro, isto para dizer que não concordo com quem defende que deve ser sem pedal para ser mais puro historicamente

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  4. Na minha modesta opinião, ou se toca num instrumento utilizando-o na sua plenitude ou simplesmente não se toca nesse instrumento (aplica-se a todos os instrumentos), salvo indicação específica.

    Não estou por dentro do assunto, mas parece-me que essa história do "não utilizar pedal" vem no seguimento do "houve alguém que lhe apeteceu não utilizar pedal e depois veio outro que fez o mesmo, etc.". De qualquer forma essa "opção" é bastante desajustada: martelo vs. plectro.

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